Este é o jornal das 12 horas com Lígia Cruz e desta vez....sem o Germano Pacheco....
Desta vez sem ti Germano, logo sem ti, que me trouxeste para esta casa. Dizias constantemente que me passavas o testemunho, nunca te ouvi....não queria saber dessas palavras para nada Germano...
E agora....o que é que eu faço...a quem é que eu pergunto tudo aquilo que ainda não sei e que só tu me ensinavas....com quem é que eu desespero agora....
Nunca pensámos que fosse tão depressa....
Mas sabes Germano....tu soubeste viver...tu soubeste sentir....
Tu encarnaste aquelas sábias palavras de Florbela Espanca....lembras-te Germano....
“E se um dia eu hei-de ser pó, cinza e nada...que seja a minha noite uma alvorada...que me saiba perder para me encontrar...”
E assim foi a tua vida...uma constante alvorada...tu deste ao teu corpo todos os prazeres que ele te exigiu...usaste-o...desgastaste-o, até ao limite suportável...
E a morte Germano....quando veio....nada de ti levou....
Vingaste-te Germano....ganhaste... e só por isso te perdou me teres deixado tão cedo....
Deixaste obra feita...e ainda foste a tempo de assinares a minha carteira profissional de jornalista...estou tão orgulhosa de teres sido tu...
E agora obrigas-me a fazer o jornal das 12 h sem ti....
Esta é a última vez que falo para ti.....mas prometo-te...juro que vou falar sempre de ti...o teu nome perpetuar-se-á.....
Vou ter que me despedir Germano...
Germano Pacheco, meu mentor, meu colega....meu amigo... foi uma honra conhecer-te....Adeus...até sempre....
Wednesday, November 29, 2006
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