Thursday, October 18, 2007

Tantas Verdades...

Disseste-me que não tinha que ser sempre tão simpática...que não me devia preocupar tanto com isso. Disseste mais! Que há momentos em que a atitude mais sedutora é aquela que não prima pela docilidade, mas que se compromete com a verdade...é quando sabemos que não estamos a ser simpáticos, mas estamos a ser honestos.

Ousaste continuar e disseste que ainda que não agrademos, não há como negar o notável poder sedutor da pessoa que age com integridade, mesmo quando age de uma forma superficialmente antipática.

Pois deixa-me que te diga....

É preciso ser sempre simpática, senão no conteúdo, pelo menos na forma,...não me aturam amuos, toleram arrogâncias ou aparam fragilidades. Se o fazem, não duvides, que é temporária simpatia...

Não sejamos vulgares! Não quero sê-lo! Bem sabes que as coisas vulgares não deixam saudades.

Falas em honestidade, em comprometermos-nos com a verdade. Concordo contigo! Sou alguém como tu que procura isso a todo o instante...

Mas sabes?

Os meus encontros e desencontros ensinam-me outras verdades, outros papeis, outras deixas...atitudes que nos distinguem, afinal é nos momentos menos bons que nos revelamos. E nesses,...eu só quero alimentar o respeito que tenho por mim mesma, ser honesta com o meu carácter e digna nas minhas atitudes.

Quanto a tudo o resto...ficas a saber....vou espalhar simpatia, esbanjar charme e seduzir o que preciso...

Tuesday, October 16, 2007

Meus Amigos

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louca e santa. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louca. Louca que senta e espera seus devaneios... Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Pena, nem de mim mesma, e risada só ofereço ao acaso. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto. E velhos, para que nunca tenham pressa.

Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos... nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril!"